"Assim o vate, concentrado e lúcido, achando fórmulas exactas, fulgrantes, em que inrompem perturbantes visões e vivências, vai tecendo o seu longo, sibilino texto (de textos), feito de palavra e sombra. (...) Cada novo livro tem de (em) si próprio, no poço das origens: uma etapa do seu Génesis. (...) Na encruzilhada da tradição e do futuro, Carlos Nejar é um caminho diferente, um caso único no panorama da atual poesia em língua portuguesa." - Jacinto Prado Coelho
"O poema nejariano é interminável, na sua essência; por isso, pode acabar sem fim, digamos, como os romances de Becket. (...) A sua poesia realiza-se sob a forma de um permanente inventário das angústias e dores da condição humana." - António Ramos Rosa
"A música é sempre, em última análise, mesmo quando mais subtilmente se esconde e disfarça, a componente vital da grande poesia. (...) Arte poética, portanto, destinada a durar. Música ao serviço de um falar poético que é um compromisso feliz entre a nossa eliotiana conversa de todos os dias e aquele falar de certo modo e aquele falar de certo modo como que acima da boca mortal." - Eugénio Lisboa
"Carlos Nejar assume-se, pela via da escrita poética, como um inventor de fábulas, daquelas que, sem qurerem explicar o mundo, acabam por lançar uma luz pujante e clarificadora sobre a origem sobre muitas coisas." - José Jorge Letria